segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A criança

Havia um casal de jovens recém-casados. A mulher estava grávida, e eles estavam muito felizes com a vinda de seu primeiro filho. Eles compraram muitas coisas para o bebê. O quartinho já estava todo montado. Entre as coisas que eles tinham comprado, havia uma mamadeira, um ursinho de pelúcia e vários outros brinquedos, móbiles, o bercinho, e até um quadro para enfeite, onde estava uma criança, uma menina, num balanço.

A gravidez já estava em estágio adiantado, quando, um dia, a mulher estava no quartinho do futuro bebê, olhando as coisas.

De repente, ela começa a sentir fortes dores e cai sentada no chão. A dor é muita, ela nem consegue se levantar, apenas gritar. Ouvindo os gritos de sua mulher, seu marido corre ao quarto ver o que está acontecendo. Ele fica muito preocupado, e imediatamente a carrega para um hospital. Chegando lá, ela é prontamente atendida e seu marido fica na sala de espera, angustiado. Até que finalmente chega o médico, com notícias.

Infelizmente, ela havia perdido o bebê. Nos dias que se seguem, a mulher fica inconsolável. Seu marido também, mas, ele procura não demonstrar para consolá-la. Eles poderiam ter outro filho no futuro...

Ainda assim, ela continua pensando na criança que perdeu. À noite, já dormindo, ela começa a ouvir o choro de uma criança.

Acorda. Deve ter sido um sonho... Devido a ela ter perdido seu bebê recentemente. Mas o choro continua, mesmo após ela ter acordado! Ela deve estar imaginando coisas... Tenta acordar o marido, mas ele dorme profundamente. O choro pára. Ela realmente deve ter imaginado coisas... E dorme novamente.

Na noite seguinte, novamente o choro. Ela começa a ficar desesperada. Será que vai ouvir esse choro todos os dias?!

Tenta acordar seu marido, mas ele não acorda! Então ela resolve andar pela casa, pra ver se acorda de vez e o choro pára.

Ela vai até o quartinho que seria o quarto do bebê. Lá chegando, ela olha as coisas, pega a mamadeira... Até que olha para a estante e leva um susto. A criança, a menininha que estava no balanço, havia desaparecido. Restou no quadro apenas um balanço, balançando no ar, sozinho. Sem ninguém.

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